28 de agosto de 2008

B M W Isetta 250 -- 1955 -- Alemanha


O BMW Isetta 250, ficou como um símbolo da recuperação económica do pós-guerra na Alemanha. Ao apresentar o seu pequeno carro em 1955, a BMW desejava apenas oferecer um veículo utilitário ao cidadão comum. Um motor de 1 cilindro a 4 tempos, de 247 c.c. proporcionando 12 cv. de potência, capaz de chegar aos 85/90 Km/h., foi o que bastou para transformar o automóvel num êxito citadino. De tal modo que, em 1957, recebeu motores de 298 c.c (o Isetta 300) e de 582 c.c., passando a ser designado por BMW 600.
Renzo Rivolta, que se dedicava à construção de frigoríficos, procurou encontrar um meio de transporte barato, e criou o Isetta, um pequeno carro de dois lugares, movido por um motor de bicicleta. Em 1955, vendeu os direitos à BMW, que lhe colocou um motor de mota - o BMW R25 - de 247 c.c..
A invulgar característica deste original veículo, reside na coluna de direcção, articulada e girando sobre cardans, solidária com a porta -situada na frente do carro e onde se encontravam os instrumentos de bordo- moviam-se juntamente com esta.
Estes pequenos carros, que ficariam conhecidos como "ovo", dispunham de um banco para apenas dois adultos ou um adulto e duas crianças.
Inicialmente com apenas uma roda atrás, breve passou a ter duas rodas gémeas.

B M W 507 Tourer -- 1955 -- Alemanha


Apresentado no Salão de Frankfurt de 1955, o BMW 507 Tourer, um roadster elegantíssimo de dois lugares com carroçaria de alumínio assinada pelo Conde Albrecht Goertz (autor do 503), constituiu um raro caso de sucesso, tendo-se revelado na prática, um fracasso comercial.
O motor, o primeiro V/8 produzido na Alemanha, tinha 3168 c.c., era em liga leve, com válvulas à cabeça e dois carburadores Zenith, desenvolvia 150 cv., fazia dos 0 aos 100 Km/h. em 8,8 segundos e chegava aos 220 Km/h., tendo sido o primeiro automóvel alemão a ser produzido com travões de disco às rodas dianteiras.
O lançamento deste modelo, foi a derradeira tentativa para arrancar a marca da crise que a afectou na primeira metade dos anos 50. Contudo, como já foi referido, acabou por ser um fracasso comercial.
Esta terá sido a razão principal de terem sido fabricados apenas 152 exemplares - 42 da série "1" e 110 da série "2".

B M W 503 Coupé -- 1955 -- Alemanha


No outono de 1955, a BMW apresentou no Salão Internaconal de Frankfurt um novo modelo, o "503". O desenho foi obra do Conde Albrecht Goertz, que até então apenas havia desenhado carroçarias para os carros americanos. Foi ele que, igualmente, desenhou o "507", o explêndido desportivo da BMW. As soberbas linhas do "503" agradaram aos mais exigentes, mas as restrições técnicas travaram a criatividade do Conde Goertz. A altura dos faróis foi-lhe imposta, o que o impediu de dar uma forma mais baixa aos guarda-lamas da frente. Mas estas contrariedades em nada diminuiram o encanto desta magnífica criação, de tal modo que ganhou regularmente todos os concursos de elegância em que participou.
O "503" dispunha de um grande número de excelentes acessórios, tais como a caixa de 4 velocidades, o servo-freio hidráulico de série, o comando electro-hidráulico dos vidros das janelas, e uma direcção precisa e leve.
O "503" foi concebido com vista ao turismo desportivo mais confortável. Oferecia um interior opulento, com um "tablier" bem equipado. Em resumo, o "503", em versão coupé ou cabriolet, dificilmente era igualado a nível de conforto, potência e prazer de condução. O seu motor V/8 de 3168 c.c., o mesmo dos "501" e "502", mas preparado para chegar aos 140 cv., permitia-lhe atingir uma velocidade de ponta da ordem dos 190 Km/h. e passar dos 0 aos 100 Km/h. em apenas 13 segundos.
Chegado ao mercado em 1956, custava no seu primeiro ano de fabrico DM.29.500,00, o que o tornava duas vezes mais caro do que o "502". Dois anos depois o seu preço passou para os 20.000 Marcos, o que representou um grande problema financeiro para a BMW, pelo que nos seus quatro anos de fabrico, apenas foram produzidas 412 unidades.

B M W 502 Convertível - 1955 - Alemanha


Em 1952, a BMW apresentou o seu primeiro automóvel do pós-guerra, o modelo "501". Esta berlina de seis lugares, herdou o motor do modelo "326", anterior ao conflito, um 6 cilindros de 1971c.c., a debitar 65 cv.
Em 1954, este modelo evoluiu para o modelo "502", que estreava o novo motor V/8 em alumínio, com 3168 c.c. puxado para os 160 cv., capaz de uma velocidade de ponta da ordem dos 160 Km/h.
Foi então apresentado em três versões : "saloon", "coupé" e "convertível", tendo esta última, a particularidade de possuir os vidros da frente envolvidos por uma moldura de aço.
De 1954 a 1963, foram construídas, no total, 13.044 unidades.

POLARIS Snowmobile Ranger - 1954 - U.S.A.


Allen Hetten, um dos fundadores da Polaris, era condutor de camiões e mantinha o Snow Machine (Nº.2) estacionado em sua casa.Quando a empresa precisou de dinheiro, Edgar Hetten e David Johnson, venderam a S.M. nº.2 a Harley Jensen no Northest Angle, na floresta de Lake. Quando a entregaram e a demonstraram, o acelarador encravou aberto e David teve que puxar o fio da vela para parar o motor. No entanto, Jensen não se desencorajou e concordou em comprar o S,M nº2. Pouco tempo depois, os Hetteens e David Johnson entenderam que poderiam tornar as suas motas de neve numa oportunidade de negócio, quando uma empresa local os contactou e encomendou duas motas de neve.
A Snow Machine nº.2, foi readquirida pela Polaris e continua a sua produção na fábrica de Roseau. De todas as motas de neve, a Snow Machine nº.2 foi considerada a mais coleccionável de todas.
A Snow Machine nº2 tinha um motor Briggs & Stratton modelo 23, de 2 cilindros com 800 c.c. e 8 cavalos de potência. Era feito de ferro fundido e pesava cerca de 100 libras. Tinha uma velocidade máxima de cerca de 9 milhas por hora. Contráriamente ao primeiro motor das motas de neve, este era cravado no chassis para o manter estacionário.

PEUGEOT 203 - 1954 - França























O Peugeot "203" foi apresentado ao público no Salão de Paris de 1948. Comparado aos anteriores modelos de antes da guerra, o "203" era uma lufada de ar fresco. Além de ter sido um dos produtos de maior sucesso da indústria automóvel francesa, a carroçaria monobloco e o revolucionário motor "push-road", tornavam o "203 muito especial.

No seu tempo, o motor de 4 cilindros com 1290 c.c. e 45 cv., com as cabeças dos cilindros em alumínio e câmaras de combustão hemisféricas, dizia-se ter sido a inspiração para o motor "Hemi" do Chysler.
Com uma gama que incluía "cabriolets" de 2 e 4 portas, carrinha familiar, carrinha comercial, "coupé" de 2 portas, "decouvrable" e descapotável, os franceses aderiram ao "203" pela sua resistência mecânica, andamento agradável e condução suave. Quando em 1960 cessou a sua produção, o "203" tinha batido recordes para a Peugeot, com 685.828 unidades vendidas.
Com a falta de aço do pós-guerra, foi bem utilizado o alumínio no "tablier" e na alavanca de mudanças. A sua elegante forma, proporcionava maior espaço interior.
O motor com camisas secas, baixa taxa de compressão e cabeça em liga leve, era suave, pouco rotativo e muito duradoiro. A caixa de velocidades tem de facto 3 relações e uma "orderdrive". O "203" tinha as suas formas testadas em túnel de vento, e a Peugeot afirmava optimisticamente que o coeficiente de penetração era de 0,36 (mais baixo do que o do Porsche 911).
A carroçaria era de aço inixidável e dispunha de apoios no tejadilho para uma bagageira.

20 de agosto de 2008

MERCEDES BENZ RW 196 - 1954 - Alemanha


"A SETA PRATEDA"
A Mercedes Benz, desde que decidiu participar nos Mundiais de Fórmula 1, criou em 1952 uma equipa de técnicos, com um departamento de desenhadores sob a direcção de Hans Scherenberg, e um departamento de construção, mecânica e testes, dirigido por Rudolf Uhlenhaut. O fruto de tudo isto recebeu a designação de "W 196" e foi feito para vencer os grandes prémios de 1954 e 1955, graças à superioridade técnica dos carros e à perícia "del Chueco" - Juan Manuel Fangio", um piloto argentino que entrou na Fórmula 1 "já em cima da ternura dos 40".
As características do "W 196", surpreenderam os seus contenporâneos, ainda que alguns dos seus pormenores mais avançados, em particular as vávulas desmodrómicas do motor de 8 cilindros, não viessem a ter aplicação na indústria automóvel.
Possuia um quadro multi-tubular, suspensão dianteira independente por barras de torção e suspensão traseira de eixo oscilante. O motor de 8 cilindros em linha com 2.496 c.c. e 290 cv., foi colocado sobre um dos lados a 53º para obter um baixo centro de gravidade. Este motor, de injecção directa de combustível, começou por desenvolver apenas 275 cv., passando depois de "dopado" para os 290 cv. às 5.800 r.p.m.
Foram construídas apenas 10 unidades deste modelo, havendo outros modelos com outras carroçarias e alguns com as rodas carenadas.
O carro em que Fangio obteve todas as vitórias para a Mercedes, continua a ser exibido com grande orgulho no Museu da Mercedes em Unterturkheim, mantendo viva a lenda do pentacampeão mundial de Fórmula 1.

MASERATI - A6GCS Berlinetta - 1954 - Itália


O MASERATI A6GCS , foi fabricado de 1953 a 1955. Quase todos os A6, desenhados por Giochino Colombo, eram produzidos com carroçarias de Medardo Fantuzzi e, nalguns casos, de Celestino Fiandri. As únicas excepções foram quatro berlinas com carroçarias de Pinin Farina, e dois "spider", um da Frua e o outro de Vignale.
Em dois anos, de Maio de 1953 a Abril de 1955, a produção total foi de 52 unidades, sendo que 5 dessas unidades foram o A6GCS, carroçados por Pinin Farina. Era um número excepcional para este período, considerando que o modelo A6GCS era de início, um modelo de competição.
O A6GCS foi muito importante para a Masereti, e obteve grandes sucessos nas corridas, desde a sua estreia.
Ganhou numerosas corridas, incluindo a da sua estreia em 1953 -as Mille Miglia- onde apareceram em Classe 1 e Classe 2, contra a feroz competição dos "teams" da Marcedes e da Ferrari.
Os A6GCS tiveram também grande sucesso na Targa Florio e em Pescara, assim como em qualquer outro lugar, nomeadamente em Itália, América do Sul e no Reino Unido.
O estilo da carroçaria "transpirava uma sensualidade bruta", que normalmente é menos agressiva nas criações mais recentes de Pinin Farina.
Equipava-os um motor de 6 cilindros em linha com 1.986 c.c. que desenvolvia 170 cv, levandos a velocidades da ordem dos 235 Km/h.

JAGUAR XK 140 - 1954 - Grã Bretanha


Substituir o XK 120, era tarefa difícil, tal foi o sucesso deste modelo, que acabou por dar à Jaguar uma base, com a qual foi possível entrar na competição automóvel, como é o caso dos modelos "C" e "D".
No entanto em 1954 foi lançado o novo modelo "XK 140", que era um aperfeiçoamento do "120", embora com o mesmo chassis e a mesma suspensão, bem como o mesmo motor de 6 cilindros de 3.442 c.c., mas agora preparado para debitar 190 cv. e chegar aos 200 Km/h como velocidade máxima.
Estava disponível como "roadster", "coupé", e "Drophead", e só custava mais 100 libras do que o seu antecessor.
Externamente o "XK 120" distinguia-se pelos seus párachoques inteiroços, menos barras na grelha e um habitáculo mais espaçoso, com melhores acabentos e tablier em madeira. Era mais confortável e mais agradável de conduzir do que o "120". Em 1957, este modelo foi substituído pelo "XK 150".

GLASS - GOGGOMOBIL - T 250 - 1954 - Alemanha


O enorme sucesso do GOGGOMOBIL, deve-se acima de tudo, ao facto de o seu lançamento no mercado ter sido feito numa boa altura.
Com o seu motor de dois cilindros a dois tempos, de 250 c.c. e 13,6 cv., o Goggomobile podia ser conduzido por qualquer pessoa com apenas a carta de moto. Com quatro rodas e pequenos pára-choques, tinha o verdadeiro aspecto de um automóvel.
Tinha duas portas com janelas de "correr", um volante verdadeiro e uma bagageira minúscula.
Foram vendidos mais de 280.000 e muitos Goggomobil foram o entretenimento dos seus proprietários durante muitos anos, sobretudo os mais idosos e renitentes em obter a carta de condução de automóvel, que por isso os trataram com muito cuidado e desvelo. Calcula-se que nos nossos dias, cerca de 2.300 Goggomobil de colecção, ainda se encontram em circulação.

CHEVROLET Corvette - 1954 - U.S.A.


O Corvette, foi apresentado no verão de 1953, no Waldorf Astoria de Nova York, e em 1954 já haviam sido produzidas 3.000 unidades. O Chassis estava especialmente desenhado e possuia suspensão dianteira independente. Mas verdadeiramente atraente era a sua carroçaria em fibra de vidro, excelentemente acabada e com um grande número de pormenores. As suas linhas são muito puras, com a frente de faróis carenados e a grande grelha do radiador. Um perfil limpo com o pára-brisas curvo, tipicamente americano, e a traseira com os pilares tipo "foguete".
O primeiro Corvette, era um bilugar descapotável, e usava assentos tipo "bacquet" . O quadro de bordo (tablier) era da cor da carroçaria, com o velocímetro no seu lugar habitual e seis mostradores horizontais, sob uma fila de botões.
Não era uma mecânica muito potente, mas a preparação realizada tornou-a mais alegre e sonora. Uma das principais modificações eram os seus colectores e tubos de escape, que lhe davam mais binário a baixa rotação. Também foram usados pistões de alumínio, maior pressão de lubrificação, uma árvore ce cames especial e três carburadores montados lateralmente, cujas brilhantes tampas eram um regalo para a vista. Tudo isto para um motor de 6 cilindros em linha com 3.861 c.c. e 150 cv.
O seu principal problema era a velha caixa de velocidades que herdou juntamente com o motor e que não permitia aproveitar todo o potencial deste automóvel.
Como esta versão não agradou aos mais "desportistas" devido aos seus ecassos 150 cv., em 1955 passou a utilizar um motor V/8 "Small Block", com o qual teve início uma autêntica lenda que chegou até aos nossos dias.

19 de agosto de 2008

STUDEBAKER Commander Coupé - 1953 - U.S.A.


O "Commander" levou o nome do estilista da Studebaker - Raymond Loewy - a fazer parte da casa, enquanto o Museu de Arte Moderna de Nova York o classificou como um dos dez mais significativos desenhos da história do automóvel, o que foi para a empresa uma honra considerável.
Equipado com um motor de 8 cilindros em "V", de 3 812 c.c. a produzir 120 cv., o "Commander" podia atingir velocidades da ordem dos 180 Km/h.
Podia ainda transportar confortavelmente seis pessoas, com três lugares no assento corrido da frente.
Lamentavelmente para os seus muitos "fãs", apesar do seu excelente aspecto e dos louvores de que foi alvo, as dificuldades de produção do "Commander", restringiram consideravelmente as vendas.
No período da sua produção, de 1947 até 1956, apenas foram fabricadas cerca de 450.000 unidades.

MERCEDES BENZ 180 Ponton - 1953 - Alemanha


A nova série "180", designada por "Type W 120" pela fábrica, foi apresentada em Setembro de 1953. O notável sucesso reencontrado por esta primeira novidade construída pela Mercedes Benz no pós-guerra, assenta principalmente em três pontos.
Em 1º. lugar esta nova viatura tinha uma carroçaria "autoportante", uma novidade absoluta na história da firma.
Além disso, o "180" tinha uma carroçaria moderna do tipo "Ponton", caracterizada pelas suas linhas arredondadas. Os únicos moldes ainda visíveis são as implantações dos guarda-lamas da frente, já que os estribos e os faróis separados desapareceram, sendo conservada apenas a grelha clássica da Mercedes. As formas arredondadas do Ponton reduzem a resistência aerodinâmica e os ruídos provocados pelo ar. O espaço interior aumentou consideravelmente, assim como a visibilidade. Além do conceito muito moderno para a época, o terceiro ponto refere-se às performances em estrada do" 180", que são de longe superiores às do modelo anterior, o ultrapassado "170".
O momento para o seu lançamento foi bem esc"170", mas a qualidade de fabrico e montagem bem pensados, faziam-nos esquecer.
A utilização do motor "M 136" de 4 cilindros com 1 767 c.c. que só desenvolvia 52 CV., provocou muitas críticas, mas não arrefeceu o sucesso do "180".
O Ponton foi um marco na história da Mercedes Benz, graças também ao "280" diesel aparecido em 1954. O "Type W 120 "tornou-se, por um lado, num símbolo de rentabilidade, e por outro lado, marcou a passagem da construção práticamente artesanal para a produção em grande série, pela aplicação do princípio de montagem por elementos.
Mais de 440.000 exemplares do "Type W 120" foram construídos durante os nove anos em que foi produzido.

CHEVROLET Bel Air - 1953 - U.S.A.


Este modelo estava equipado com um motor de 6 cilindros em linha, de 3 851 c.c. e desenvolvia 108 cv..

TEMPO Hanseat - 1952 - Alemanha


Este veículo de três rodas é produto do construtor alemão Vidal & Sohn Tempo - Werke, sediada em Hamburgo, que teve o seu início em 1933 e trabalhou até 1962.
O Tempo Hanseat de 3 rodas, foi produzido de 1949 até 1965, num total de 37.131 unidades, e apresentado em diversas formas: pequenos automóveis, vagão comprido, vagão alto, transportador de malas ou caixas, carrinha de padeiro, transporte de gado e de outros artigos.
A partir de 1956, o Tempo, ainda foi construído, especialmente para exportação para a India, tendo no entanto sido vendidos alguns destes veículos na Alemanha. Terminada definitivamente a sua produção, os componentes passaram a ser exportados para a India, onde se fazia a montagem e a sua produção.
Inicialmente o motor, era um dois cilindros a dois tempos, com 397 c.c. e 14 cv., tendo mais tarde, passado a ser um motor Heinkel diesel de apenas um cilindro.

RENAULT Juvaquatre Break - 1952 - França


Em 1937, a Renault apresentou o "Juvaquatre" na versão Berlina de duas portas, e a sua produção começou em 1938, depopis de os engenheiros da Renault terem estudado uma versão utilitária (carrinha) a pedido dos correios , Telégrafos e Telefones franceses, tendo estes acabado por adquirir mais de 80 unidades, tais eram as sua características.
Este modelo estava equipado com um motor de 4 cilindros em linha, de 845 c.c. e 23 cv. de potência.
Mas com o ecludir da 2ª Grande Guerra, e com a dificuldade que se verificava na produção de veículos automóveis, o seu fabrico parou, tendo sido retomado apenas em Abril de 1945. Ao longo dos anos de fabrico, os modelos foram sofrendo algumas alterações, até que em Março de 1960 o Juvaquatre, deixou de ser fabricado, tendo sido produzidas 70.000 unidades, das quais 29.320 eram furgonetas.

MERCEDES BENZ W 194 300 SL - 1952 - Alemanha

Depois de vários anos afastada das competições, a Mercedes Benz apresentou o W194-300 SL, para as Mille Miglia de 1952, que acabou por vencer.
Com painéis de alumínio e chassis tubular, este carro experimentava um novo motor de 6 cilindros, o M 194, com 2 996 c.c., 175 cv. e capaz de atingir os 240 Km/h.
Foi a partir deste modelo criado pelo Engº.Chefe da Mercedes -Rolf Uhlenhaut- que surgiram os célebres "Flechas de Prata" que deram muitas vitórias à Mercedes, como o W 196, os 300 SLR que, em 1954, deram origem ao célebre "300 SL coupé" mais conhecido por "pappillon" ou asas de gaivota, dada a forma como as portas abriam.

JAGUAR "C-Type" - 1952 Grã Bretanha




O Jaguar "C" foi o carro que deu início às gloriosas vitórias da Jaguar e também a um romance de amor entre os homens de Coventry e o circuito de Le Mans. Na década de 50, o patrão da Jaguar -Bill Lyons - queria vencer Le Mans para as cores britânicas, como o Bentley tinha feito um quarto de século antes. Depois de ter testado o modelo XK 120 modificado, a Jaguar chegou ao modelo de competição, o XK 120 "C", em 1951. Este modelo dispunha de um motor de 6 cilindros em linha, com 3 442 c.c., a desenvolver 210 cv. capaz de atingir os 232 Km/h. com um consumo de cerca dos 18 l/aos 100 Km.
Um Type "C" ganhou nesse ano, falhou em 1952 e voltou a ganhar em 1953.
O Jaguar "C" ganhou um lugar na História, pois foi o iniciador da lenda desportiva da Jaguar, continuada com o seu sucessor, o Jaguar "D" e o "XKSS".
O Jaguar "C" foi vendido a particulares, alguns dos quais o usaram mais em competição, do que no dia-a-dia. Apesar de terem sido criados para a competição, eram também óptimos carros de estrada e quando os seus dias de competição acabaram, foram usados como estradistas de alta performance.
A carroçaria é da autoria de Malcolm Sayer, e na versão "corrida", o pára brisas era simples e dispunha de uma só porta, a do condutor.
Este modelo foi construído entre 1951 e 1953. num total de 35 unidades.

FERRARI 250 GT Califórnia - 1952 Itália



O 250 GT Spider, foi produzido de 1952 a 1962, em duas versões - chassis longo e chassis curto - e tinha como destino o mercado dos Estados Unidos da América, pelo que este modelo passou a ser designado por "Califórnia".
A primeira série, produzida até 1959, estava equipada com um motor V/12 de 2 953 c.c. e 220 cv. e foram produzidas 49 unidades.
A segunda série, fabricada entre 1960 e 1962, passou a ser equipada com o mesmo motor mas puxado para os 280 cavalos, tendo sido produzidas 47 unidades.
Está considerado um dos mais belos automóveis até então produzidos, e foi o primeiro 2+2 da marca.
Este modelo foi inspirado na Berlinetta 250 Europa, sua antecessora.