4 de agosto de 2009

FIAT X 1/9 - 1974 - ITÁLIA

Quando a Fiat desenvolveu o carro de família com o novo motor de tracção à frente, "brincou" com a ideia de estar a desenvolver um derivado do "Spider Bertone" -um dos mais fiáveis consultores de estilo-, pensava de forma diferente e propôs um carro com o motor situado a meio (meia-nau).
O resultado, revelado em 1972, foi o Fiat X 1/9,Targa" de dois lugares que se vendeu extraordinariamente bem durante mais de 15 anos. Durante esse tempo, o carro sofreu um facelifting, uma alteração do nome e uma significativamente actualização mecânica.
De muitas formas este carro, foi a inspiração do Lancia Monte Carlo, que era um carro maior mas basicamente com o mesmo aspecto, as mesmas vantagens e os mesmos inconvenientes.
O pequeno e compacto monocoque do X 1/9 era novo, mas a maior parte da mecânica foi melhorada do "128", ou modificada desse design. O segredo era montar o bloco transversal motor/transmissão do "128" por trás da cabina, onde poderia fazer a tracção às rodas de trás.
Apesar do carro original ter só 151 polegadas de comprimento, foi um milagre de "embalagem". Uma vez que o depósito de combustível e o pneu sobresselente estavam montados atrás dos bancos, havia espaço para a bagageira à frente e havia outro espaço também por trás do próprio motor. O painel do tecto podia ser removido e deixado em casa ou guardado debaixo do porta bagagens da frente. O X 1/9 (o título era também o código do projecto da Fiat) era um carro pequeno, tão bonito que foi pouco simpaticamente chamado de "especial de cabeleireiro", o que era injusto para um chassis que tinha um excelente comportamento. Inicialmente, com um motor de 4 cilindros com 1290 c.c. e 73 cv., e uma caixa de 4 velocidades , quase não conseguia alcançar os 130 Km/h. A partir de 1978, foi-lhe aplicado um motor de 1,5 litros , uma nova caixa de 5 velocidades e foi mais do que um desafio para carros como o MGB ou o Triumph Spitefire.
Dez anos após o seu lançamento, período durante o qual a Fiat produziu mais de 150.000 unidades, Bertone assumiu a montagem, e o carro recebeu o logótipo "Bertone". Por esta altura, porém, o carro tinha já passado o seu pico e vendeu-se lentamente até 1988, ano em que os seus últimos exemplares foram produzidos.
O X 1/9 1500 tornou-se oficialmente um modelo Bertone em 1982, mas mecanicamente sem alterações até ao final da sua produção. "

CITROEN Méhari - 1983 - FRANÇA

O Citroen Méhari, foi apresentado oficialmente no Salão Automóvel de Paris, em Setembro de 1968, com um motor de 2 cilindros horizontais/opostos, de 602 c.c. de cilindrada e a debitar 30 cv. de potência, além de apresentar quatro rodas independentes. O seu nome, então, era Dyane 6 Méhari e ficou nos primeiros tempos ligado à gama "Dyane". A particularidade do Méhari, provinha do facto de ter sido o primeiro veículo francês de série a ter uma carroçaria de plástico termomoldado (ABS=acrylonitrile butadienstyrène) oferecendo entre outras, a vantagem de não ser atingida pela corrosão e de proporcionar um ganho no peso. O Méhari estava igualmente disponível numa versão "4x4". Uma versão decididamente todo o terreno que a Citroen lançou com a ambição de oferecer um motor capaz de enfrentar as condições mais extremas e de passar em todo o tipo de terreno sem esforço. A Citroen entendeu que o seu Méhari, deveria ter direito a uma extravagância, e em Abril de 1983 lançou uma série limitada de 700 exemplares que baptizou de "Azur". Esta versão recebeu uma capota original e diferente que só permitia uma única forma de descapotável na parte traseira.
Construído de 1968 até 1986, foram produzidas 144.953 unidades, que ficarão definitivamente como um verdadeiro fenómeno de moda e icon de uma época.

CHEVROLET Nomad Wagon - 1957 - U.S.A.

Nos Estados unidos da América "Wagon" significava nos anos 50, o carro de serviço da família.
Em 1955, a Chevrolet lançou uma versão "wagon", o Bel Air Nomad. Na altura do seu lançamento, foi para a marca um ano excelente, pois com a apresentação de novas carroçarias e novos motores, provocou no seio da divisão popular da G.M., uma autêntica revolução, tendo sido nesse ano vendidas 8386 unidades.
Porém, em 1956, sendo um dos carros mais caros, o número de vendas baixou tendo sido o ano de 1957 o pior ano para a Chevrolet, em que a produção do Nomad baixou para as 6103 unidades.
1958 marca o fim deste modelo da Chevrolet, que tendo-se apresentado como promissor, acabou por ter pouca procura.
Equipava-o um motor de 8 cilindros em "V" com 4600 c.c. de cilindrada e 283 cv. de potência.

BORGWARD Isabella - 1957 - Alemanha














A marca BORGWARD, aparece numa época inolvidável da história do automóvel, e ficará ligada a uma viatura entre as mais belas e mais apreciadas do seu tempo -o Isabella -aparecido em 1954. Não passou porém deste Isabella, que atingia os 150 Km/h., graças ao seu motor de 4 cilindros com 1493 c.c. de cilindrada e 75 cv. de potência.
A classe deste carro com "raça", fez mossas no carroçador Karl Deutz de Colónia, já que tinha proposto uma versão coupé do Isabelle em 1954, e que pôs no mecado a versão cabriolet.
A Deutch cobrava cerca de DM-15.600,00 por carroçaria. Esta verba, impossível de pagar pela maioria dos potenciais compradores, não permitiu à Deutz a realização de mais do que alguns, raros, exemplares do "coupé cabriolet".
Ainda hoje o Isabella faz parte dos automóveis mais reputados da sua época.
Foi Carl F. Borgward que criou pessoalmente a sua carroçaria, de formas elegantes, modelando-a em plasticina, com a ajuda de uma faca de cortar pão, e a publicidade da época não se cansava de salientar que "... cada condutor de um Isabella nota nitidamente os olhares de admiração de quem o vê passar e o segue com o olhar ..."