30 de julho de 2008

CITROEN - 15 Big 6 - 1952 - França

Admirado por políticos, poetas e pintores, o Traction Avant foi um marco para a Citroen e para a indústria automóvel mundial. Um prodígio de design, foi o primeiro automóvel produzido em massa que incorporava uma carroçaria monobloco, tracção à frente e suspensão com barras de torção. Com ele começou o amor da Citroen pelo "não convencional".
Concebido em apenas 18 meses o Traction Avant saiu caro à companhia francesa, que em 1934 tinha despedido 8 000 trabalhadores e os cofres vazios, e por insistência do governo francês, foi a Michelin que tomou conta das operações, dando ao "TA" o apoio que ele merecia.
Foi produzido durante 23 anos (1934 a 1957) e vendeu 759.000 unidades, todas pintadas de preto.
O mundo enalteceu o comportamento, os travões hidraulicos, o conforto e a agilidade deste carro nas curvas. Foi construído em várias carroçarias, coupé, cabriolet e saloon, mas foi este o carro de produção do seu tempo com maior sucesso, apenas superado 23 anos depois por outa viatura revolucionária, o Citroen "DS".
O motor do "TA", concebido por Maurice Sainturat era de nova concepção e apresentava 4 ou 6 cilindros em lina, com cilindradas de 1 303 , 1 991 e 2866 c.c.
O presente modelo estava equipado com o motor de 6 cilindros de 2 866 c.c. e desenvolvia 77 cv.

29 de julho de 2008

CITROEN - 2 CV "A" - 1952 - França


O primeiro protótipo do "2 CV" apareceu em 1936, mas só Salão de Paris de 1948 é que foi apresentado, e se o público ficou estupefacto com o seu aspecto insólito, acabou por ser ridicularizado pelos jornalistas com grande maldade, a ponto de perguntarem se "... fornecem o abre-latas juntamente com o carro..."
No entanto o carácter ultra-económico deste automóvel, as sua múltiplas possibilidades de utilização e o seu motor de concepção muito simples, de imediato conferiram ao "2 CV" o estatuto de estrela do certame e, no início de 1950, quem encomendasse um 2 CV, teria de esperar cerca de seis anos para o receber.
Mas o "2 CV" acabou por ficar na história, ao ser produzido durante 41 anos (1948/1990), num total de 3.868.631 unidades vendidas, tendo as últimas sido montadas na fábrica da Guarda, em Portugal.
Fez as delícias de muita gente ao longo dos seus 41 anos de vida, tendo-se prestado às mais extravagantes modificações, sendo ainda hoje muito procurado por jovens coleccionadores, e muito bem guardado por quem os possui.
Entre outras novidades verificadas no seu fabrico, salienta-se o facto de o conjunto cambota/vielas ser montado por imersão em azoto líquido, a 180º negativos, o que torna impossível a sua desmontagem. A partir de 1954, passou a ter embraiagem centrífuga.

FERRARI - 500 F 2 - 1951 - Itália

Enzo Ferrari criou a sua própria "scuderie" em 1947, depois de ter deixado a Alfa Romeo, tendo começado logo a criar os seus próprios carros para competição.
Foi assim que em 1951 apresentou o modelo 500 F 2, um carro Fórmula 2, que se manteve em actividade até 1953.
Dispunha de uma carroçaria de alumínio e um chassis tubular longitudinal com braços transversais. Estava equipado com um motor aspirado d 4 cilindros em linha, de 1 984 c.c. a debitar 185 cv. às 7 500 r.p.m.
Em 20.09.1951, estreou este monolugar no Grande Prémio de Bari, e em 1952 2 1953, Alberto Ascari sagrava-se campeão do mundo, ao volante deste carro.

VOLKSWAGEN - Export Sedan Lux - 1951



O Volkswagen, mais conhecido por Carocha, era na verdade um carro simples, robusto, fiável e bastante espartano, de acordo com a ideia que presidiu à sua criação.
O modelo satandard do 1200, dispunha apenas de um mostrador ao centro do tablier que agrupava o velocímetro e conta-kilómetros, bem como as luzes avisadoras do óleo, da carga da bateria e dos máximos (faróis). O motor de arranque, era accionado por um botão colocado no centro do tablier, por baixo do mostrador. O acelarador, em vez de um simples pedal, era constituído por um veio com uma pequena roda. Como não dispunha de manómetro indicador da gasolina, dispunha de uma reseva que era posta em função mediante uma pequena alavanca situada junto aos pedais que era accionada com o pé. Duas pequenas "setas" luminosas situadas nos pilares centrais (uma de cada lado) eram os avisadores de mudança de direcção, accionadas por um botão situado no centro do tablier. Junto aos pedais, do lado esquerdo, tinha um pequeno botão accionado com o pé, para comutar as luzes dos faróis entre os médios e os máximos.
Outro luxo do Volkswagen, eram duas pequenas pegas em cordão, situadas nos pilares centrais, para os passageiros de trás se poderem segurar.
A sua mecânica e motor, eram as mesmas: 4 cili. horizontais opostos, 1 131 c.c. e 24 cv. de potência.

CITROEN - Camionnette - 1951 - França



Com o seu motor de 2 cilindros, 375 c.c. de cilindrada e uma potência oficial de 8,8 cv., arrefecidos a água, o "2 CV. AU," é a primeira forguneta comercializada. Variante do " 2 CV A", é também o primeiro modelo derivado de uma longa geração que constituía a grande família dos pequenos Citroen. Na altura em que a versão "camionnette" foi apresentada , o 2 CV começou a ser conhecido por toda a França graças à berlina que se imiscuiu nos campos mais recônditos, havia já 2 anos.
O que faltava ao conjunto de comerciantes, pequenos distribuidores (porta-a-porta) de hortaliças, pão e etc. e aos artistas de todos os ramos, era uma viatura económica, mas dispondo de um espaço adaptável a qualquer alteração.
O 2 CV, distingue-se igualmente pelas formas originais, pelas suas qualidades pragmáticas e pelas suas vantagens económicas sem concorrência.
O seu preço de compra era dos mais reduzidos, o seu consumo exemplar e a sua manutenção insignificante. Por isso, não tardou muito que as administrações de grandes empresas, pequenos e médios empresários Franceses, adquirissem frotas de 2 CV AU, No decurso dos anos 50 e 60 era banalíssimo era os 2 CV AU serem utilizados para veicular mensagens publicitárias. Quase todos os comerciantes os utilizavam para anunciar a sua marca e os seus "slogans" nas laterais de chapa ondulada. No final dos anos 60, o fenómeno ainda perdurava. o 2 CV "camionnette" constituiu uma referência pelas suas actividades comerciais.

STUDEBAKER - Champion - 1950 - U.S.A.


O STUDBAKER CHAMPION STARLIGHT coupé de 1950, atraiu a atenção dos condutores pelo seu estilo ultra-moderno. O seu "nariz" central, fazia lembrar um avião e a sua traseira longa e envolvente e a sua traseira horizontal, tornava-o diferente dos "carros gota" dos anos 30 e 40.
O Studbaker de 1950 (e 1851), marcou uma ruptura nítida com o estilo de carroçaria aerodinâmica de antes da guerra , iniciando um novo estilo futurista e brilhante.
Robert E. Brouk, um estilista automóvel que trabalhava na renomeada indústria do "
design" Raymond Loewy, foi o principal responsável pelo estilo do Studbaker de 1950, considerado um clássico do seu tempo. A Studbaker abriu o caminho neste estilo e mudou profundamente o "marketing", e até os Três Grandes da construção automóvel, depressa o seguiram.
As vendas da Studbaker eram francamente fortes após a II Grande Guerra Mundial e atingiu o seu pico mais alto com o modelo Champin de 1950.
Este, dispunha de um motor de 6 cilindros em linha, com 2 780 c.c. e 8o cv. de potência.

MERCEDES BENZ - 170 S Cabriolet- 1950 - Alemanha

O 170 V de 1936, foi o último Mercedes Benz desenhado pelo grande Hans Nibel.
Reaparece no pós-guerra quase inalterado, mas com válvulas laterais, molas de lâminas transversais IFS, eixos oscilantes IRS e barra de direcção fracturável.
Era proposto em vários tipos de carroçaria: coupés, carrinhas, taxis, convertíveis, etc. e diversos modelos V, S, SV D e SD. Em 1949 adoptou um volumoso motor no modelo 170 S, e um motor diesel muito lento, no modelo 170 D.
A partir de 1952 passou a adoptar eixos hipoides, e nos modelos SV e SD, foi revista a suspensão da frente e a carroçaria.
Era extremamente durável mas pesado, lento e nãu muito divertido de conduzir. A própria importação no Reino Unido resumiu-se aos modelos SV e SD de 1953.
Em Portugal foi usado muitos anos como táxi. Foi também adoptado por diversos exércitos, sobretudo na Europa, incluindo Portugal.
O presente modelo era equipado com um motor de 4 cilindros em linha, de 1 767 c.c., desenvolvendo 52 cv.
De 1936 até 1955, foram produzidas, no total, 143 612 unidades, das quais 42 413 eram do modelo 170 S.

VOLKSWAGEN Convertível - 1949 - Alemanha

O Volkswagem, a par da berlineta, era também apresentado numa versão "convertível", mantendo as mesmas características da Berlina.

VOLKSWAGEN Berlina - 1949 - Alemanha


Nascido de uma ideia de Ferdinand Porsche, o Volkswagen (carro do povo) foi apadrinhado por Adolfo Hitler. O ditador nazi criou as condições para que o KdfWagen (força pela alegria) primeiro nome do VW, fosse realidade. Criou uma cidade (a actual Wolfsburg - antes Kdf ou Kraft Durch Freud - o lema nacionalista que significa vigor da alegria) para acolher a fábrica, e simultaneamente um fundo especial onde cada comprador depositava semanalmente 5 Marcos.
Só a partir de 1946 começou a produção, assente num chassis plano onde era aparafusada a carroçaria.
A simplicidade, robustez e facilidade de manutenção fez do "
carocha" um dos símbolos do milagre económico alemão.
Com um motor "
boxer" de 4 cilindros horizontais e opostos, refrigerado a ar, colocado na traseira, de 1 131 c.c. a debitar 25 cv. era capaz de desenvolver velocidades de ponta da ordem dos 90 /100 Km/h.
A sua principal característica, era a existência de dois pequenos vidros ovais na traseira do habitáculo, o que lhe valia o nome de "
Split".
Começou a ser comercializado em Portugal no ano de 1950, ao preço de 49 mil escudos.

18 de julho de 2008

FORD Woody Wagon - 1949 - U.S.A.


Com o lançamento de uma "carrinha woody" modelo "A", a Ford criou uma lenda em termos de estilo: um carro próprio para trabalho, com os painéis laterais e traseiros em madeira. Este modelo que ficou conhecido nos E.U.A. como woody's passou a ser adoptado por outras marcas. Dado o sucesso que estas woody's tiveram, a Ford por norma, sempre que lançava um novo modelo, disponibilizava também uma woody.
Assim, com base no Ford Custom 1949, e com a mesma mecânica, apresentou esta woody, que além de muito utilizada nas fazendas, servia também como carro de família, podendo transportar cómodamente sete pessoas, ou cinco pessoas e grande quantidade de carga.

FORD Custom Club Cabriolet - 1949 - U.S.A.

O carro que salvou a Ford Motor Company
O Ford 1949, era revolucionário quando foi a presentado na Primavera do mesmo ano. Depois da 2ª Grande Guerra, a Ford Motor Company apenas tinha produzido carros com desenhos remodelados dos seus automóveis de 1942. Insinuante e esguio, com o círculo do logotipo da marca no centro a grelha frontal, o Ford 1949, acabou com as ideias primitivas de design e engenharia automóvel. No final dos anos 40, o domínio dos "Três Grandes" era mais aparente do que nunca.
O Ford 1949 simbolizava a revitalização da companhia, sob a gestão de Henry Ford II que a havia recebido do seu avô em 1945. Uma gestão baseada em métodos modernos, com novos produtos, repuseram a Ford no 2º.lugar do mapa de vendas.
Este modelo era apresentado em duas motorizações, uma de 6 cilindros em linha e outra de 8 cilindros em "V", esta com 4045 c.c. e 100 cv.

FERRARI 166 MM Barcheta - 1949 - Itália


O Ferrari 166 MM, ou "Little Boat", foi apresentado pela primeira vez no Salão de Turin de 1948. A carroçaria, "Superleggera" era da casa Touring of Milan. Concretizava-se assim um antigo desejo de Enzo: criar um automóvel de competição também utilizável em estrada. Foi o primeiro Ferrari de Turismo e o primeiro que fez o público ficar atento à importância do que se estava a desenvolver e construir na pequesna cidade de Modena.
Algo de novo e interessante começava a aparecer nos anos imediatamente a seguir ao final da guerra. Apresentado como "barchetta" ou coupé, com carroçarias da Touring, Vignale, Farina e Bertone, saíram da fábrica 36 unidades, no decurso dos seus dois anos de fabrico.
O motor V/12, era da autoria de Colombo, um engenheiro que havia trabalhado com Vittorio Jano e que tinha projectado para Enzo um motor de 12 cilindros em "V". Alimentado por 3 carburadores Weber, tinha 1.995 c.c. de cilindrada, debitava 115 cv. em versão "civil" e 150 cv. em versão de competição

TUCKER - Torpedo - 1948 U.S.A.


Nos tempos que se seguiram ao fim da 2ª. Grande Guerra, Preston Tucker, sonhou criar um novo carro, capaz de enfrentar toda a concorrência americana, sobretudo a dos grandes construtores da época.
Lançou portanto mãos à obra a fim de concretizar o seu sonho, e em 1946 a revista Science Illustrated surpreende os seus leitores com um artigo sobre um carro que dava pelo nome de Tucker Torpedo , que anunciava uma autêntica revolução tecnológica na indústria automóvel da época: rodas independentes, motor traseiro horizontal, transmissão hidráulica, ignição electrónica, injecção e travões de disco às quatro rodas.
O motor escolhido para esta carro, era de helicopetro com 6 cilindros horizontais e opostos de 5489 c.c. que desenvolvia 166 cv. de potência.
Conseguido o primeiro financiamento, Preston Tucker fabrica os primeiros 37 exemplares . . . e únicos postos a circular . . . porém, de imediato, a empresa faliu, ficando ainda nas suas instalações mais 14 viaturas por concluir.
Mau grado o pouco tempo de vida desta empresa, o automóvel revelou-se efectivamente revolucionário para aquela época, mas a concorrência parace não ter gostado da ousadia de Preston ter apresentado ao público tal viatura . . .
A verdadeira e total história desta carro, daria
para encher várias páginas, pelo que aconselhamos os leitores a lerem-na, pois é bastante interessante e apaixonante.

PORSCHE Typ 356 (Nº.1) - 1948 - Alemanha


No ano de 1947 logo após o fim da 2ª.Grande Guerra, em Gmund (uma povoação austríaca) começou a ser construído o primeiro Porsche. Desenhado por Erwin Kommenda e testado e aperfeiçoado por Ferry Porsche -filho de Ferdinand Porsche e legítimo herdeiro do espírito e da tradição da marca- este pequeno carro de tipo desportivo, que tomou a designação de Typ 356, deu origem a um dos automóveis mais fabricados de sempre.
Inicialmente foram construídas 50 unidades deste carro, para o qual se optou por um chassis tubular, sobre o qual assentava uma carroçaria de alumínio. Para motorizar este carro, Porsche optou pelo motor do Volkswagen, de 4 cilindros horizontais horizontais e opostos que depois de preparado da inicial cilindrada de 1131 c.c., passou para uma cilindrada de 1086 c.c. com 35/40 cv de potência, colocado centralmente em posição inversa, isto é, com a caixa de valocidades anterior, com o objectivo de se obter uma melhor distribuição de massas.
A opção de uma cilindrada de 1086 c.c., foi escolhida com a finalidade de lhe ser permitida a inscrição na competição mais famosa da época, a Class 1100.

16 de julho de 2008

JAGUAR - XK 120 - 1948/1951 - Reino Unido











O modelo XK 120 foi apresentado em 1948 na exposição de Earls Court, e no início dos anos 50 a Jaguar divulgou duas novas versões do belo e elegante desportivo XK 120. Em 1951 apresentou o coupé que rapidamente conquistou o público : o XK 120 DHC.
A mecânica era comum aos três modelos, verificando-se as diferenças sobretudo a nível dos acabamentos interiores. A vocação do XK 120 para a competição ficou provada por uma infindável lista de êxitos em ralis e em velocidade nas mãos dos mais destacados pilotos, entre os quais figuravam nomes como Stirling Moss, Leslie Johnson, Peter Walker e o Principe Bira.
O Motor de 6 cilindros em linha com 3.442 c.c., desemvolvia 160 cv. às 5.000 r.p.m. permitindo velocidades de ponta da ordem dos 195 Km/h.

CHRYSLER - Town & Country - 1948 - U.S.A.


Nos anos que se seguiram à 2ª.Grande Guerra, nos Estados Unidos da América, o grande luxo dos "cavalheiros agricultores!, era fazerem-se deslocar em automóveis guarnecidos de madeira. Em 1946, a Chrysler trouxe à indústria automóvel uma nota de fantasia -quando só se falava em rentabilidade, design e inovação- ao lançar uma nova série de carros que baptisou de "Town & Country", que nos "anos da luz" se traduziu numa preocupação modernista. Como onome indica, este automóvel oscila entre as mundanidades da cidade e a rusticidade do campo. Toda a originalidade desta pesada máquina assenta nos misteriosos veios da madeira. Para os largos montantes das molduras que enquadram os lados e a mala, optaram pelo freixo por ser mais resistente, enquanto que para os fundos escolheram placas de mogno coladas à chapa, por ser uma madeira mais nobre.
Equipava-o um antediluviano motor de 8 cilindros em linha, de 5.301 c.c. desenvolvendo 153 cv.
Produzido entre 1946 e 1949, apenas foram fabricadas 8.383 unidades.

CHEVROLET - Fleetmaster Woody - 1948 - U.S.A.

Com base no chassis de Fleetmaster Sedan, e mantendo todas as características mecânicas, surge este "Wagon", com uma carroçaria incorporando partes em madeira e partes em chapa, conhecidas nos E.U.A. por "Woody's" e em portugal por "Canadianas", capaz de transportar 8 psassageiros à vontade, ou 5 pessoas e uma grande quantidade de carga, bastando para tanto rebater o último assento. Dispunha de quatro portas laterais e uma 5ª porta na traseira, que abria em folhas na horizontal, uma para cima e outra para baixo, facilitando bastante o acesso à parte destinada à carga.
Dispunha de um motor de 6 cilindros, do Sedan, com 3.584 c.c.

MG - TC Midget - 1947 Reino Unido


Mesmo antes de ser novo, o MG TC Midget já não era novo. Apresentado em 1945, provinha directamente de uma linhagem de antes da guerra. Quem não tivesse vistas largas, poderia até dizer que era antiquado. No entanto, tinha características de performances que abriam mercados de exportação. Era um carro mítico, muito popular entre os soldados americanos estacionados na Europa que quizeram levar consigo um pedaço da Inglaterra. O habitáculo era pequeno, a condução um tanto dura,pouco confortável, mas em estradas sinuosas deixava para trás os outros carros cheios de comodidade.
A sua forma tornava o TC verdadeiramente tradicional, e seguramente um clássico antes de o termo ser aplicado. Com a frente quadrada e faróis separados, com "asas" sobre as rodas, portas cortadas e rodas raiadas, era pouco sofisticado, mas foram estes os elementos que o marcaram como verdadeiro carro de desporto dos finais dos anos 40.
O seu motor de 4 cilindros com 1.250 c.c. de cilindrada, debitava 54 cv.

FERRARI 125 S - 1947 Itália


O Ferrari 125 S, foi fabricado em 1947 e foi o primeiro Ferrari oficial a exibir no capot o hoje famoso emblema do "Cavalino Rampante".
Os seus desenhadores foram Gioachino Colombo, Giuseppe Busso e Luigi Bazzi. O 125 levava a designação "S" de spider, pois foi criado como um spider de competição, e isto fica demonstrado pelo seguinte facto : o 125 foi equipado com o primeiro motor V/12 desenvolvido pela Ferrari, que com 1.496 c.c. debitava 118 cv. às 6.800 r.p.m. Estreou-se em 11 de Maio de 1947 no circuito de Piacenza.
Demorou pouco tempo a colocálo "ao ponto" (preparado e afinado), já que nesse mesmo ano ganharia duas competições: a primeira vitória foi alcançada no Grande Prémio de Roma conduzido por Franco Cortese, e a segunda vitória foi obtida no circuíto de Forli, desta vez pilotado por Tasio Novolari.
Deste modelo apenas foram produzidas DUAS unidades, que competiram nas épocas de 1947 e 1948.

DELAHAYE - 135 M - 1947 - França


O modelo 135 data já de 1938, mas a sua produção foi interrompida no decurso da 2ª Grande Guerra, tendo sido retomada em 1945, logo após o término do conflito.
Apresentado como um luxuoso cabriolet sumptuosamente decorado, ou como uma robusta viatura de competição, mas sempre elegante, O Delahaye 135 fazia parte das viaturas mais rápidas e mais agradáveis de conduzir. A Delahaye produzia essencialmente chassis, que os clientes compravam e confiavam ao carroçador da sua escolha. Os mais belos modelos do Delahaye 135, foram carroçados pelos grandes artistas franceses da época, como Labourdete, Guillore, Chapron, Letourneur & Marchand, Franay, Saoutchik e sobretudos Figoni & Falaschi, que criaram as mais extraordinárias carroçarias, entre as quais algumas com as rodas traseiras totalmente carenadas.
O seu motor era um 6 cilindros de 3.557 c.c. com 153 cv.
A sua produção terminou em 1952, com cerca de 5.000 unidades produzidas, das quais 3.500 antes do início da 2ª Grande Guerra. Segundo os especialistas, presentemente (ano 2000) ainda existem cerca de 200 exemplares, o que torna o Delahaye 135 numa peça de coleccção àvidamente procurada.

15 de julho de 2008

ALFA ROMEO GTV Spider - 1995 - Itália

No Salão de Paris de 1994, a Alfa Romeo fez juz à sua enorme tradição desportiva ao revelar em simultâmeo os seus "GTV" e "GTV Spider", nas versões coupé e cabriolet do mesmo modelo, que exibem o traço inconfundível de Pininfarina.
Um design que, inevitavelmente, obriga ao virar de cabeça de quem o vê passar.
A raça latina está bem presente transferindo-se para o interior clássico, que evoca realizações de décadas anteriores.
No plano dinâmico, o Alfa Romeo GTV Spider, recorre a mecânicas desportivas, seguindo o esquema de motor dianteiro/transmissão dianteira.
Na base do mais pequeno Alfa, está o motor que é considerado por muitos, o melhor 4 cilindros do mercado, com 1.969 c.c. e 150 cv., para uma velocidade de ponta da ordem dos 210 Km/h. (por pouco mais de 8.600 contos - na época)

ALFA ROMEO 2000 Spider /Coupé - 1992 - Itália













Em 1966, a Alfa Romeo apresentou o modelo "Spider", da autoria de Pininfarina, que, submetido a vários "reliftings", e algumas alterações, nomeadamente no motor que passou de 1.750 c.c. para 2.000 c.c. e assim conservou-se até 1994, altura em que passou a ser um "tracção à frente", tendo conhecido 4 séries distintas. O "restyling" operado na 4ª. série, provocou no público alfista um certo efeito, pois a paizagem automóvel vinha a fazer uma longa travessia do deserto de uma pobreza inádita, mas este novo exercício de estilo, realizado com êxito, fez esquecer as séries anteriores.
Desapareceram os grandes pára-choques com escudetes e o inestético "spoiler" traseiro de borracha; os retrovisores passaram a ser da mesma cor da carroçaria e o habitáculo deixou de ser atrofiado. O tablier foi também melhorado com a inclusão de mais instrumentos de bordo e os vidros e retrovisores passaram a ser de comando eléctrico.
O Spider Série 4, dispunha do motor de 4 cilindros com 1.962 c.c. e debitava 126 cv.

ALFA ROMEO Giulia 1300 Super - 1970 - Itália


A série Alfa Romeo "105 Giulia", com uma carroçaria em forma de "caixa alta", veio substituir o Giulietta dos anos 50. Inicialmente só dispunham do motor de 1600 c.c. com uma caixa de 5 velocidades, coluna móvel, eixo rígido, travões de tambor às 4 rodas e banco da frente corrido. Depois de 1964, apareceu o Giulia 1300, com faróis simples e caixa de 4 velocidades. Gradualmente ambos os modelos foram sendo actualizados com travões de disco. No Giulia Nuova de 1974, foi desenvilvido um novo estilo de Carroçaria.
Todos os modelos tinham potência suficientes para atingir os 150 Km/h., mas as versões "TT" são as mais notáveis, particularmente o raro "1600 TT", do qual apenas foram construídas 501 unidades.
O motor Diesel Perkins de 1976, foi o primeiro motor diesel da Alfa Romeo.
O presente modelo, que foi um carro bem sucedido para a Alfa Romeo, dispunha de um motor de 4 cilindros com 1.290 c.c. e de 89 cv.

ALFA ROMEO 2000 Spider - 1970 - Itália

Nos finais dos anos 60, as vendas do Spider 1750, tiveram uma ajuda preciosa dos Estados Unidos da América, onde, no filme "A primeira noite" (The graduate), os principais papeis eram desempenhados por Dustin Hoffman e . . . por um Spider da marca italiana, que se tornou herói dos jovens cinéfilos de alem-Atlântico.
As vendas aumentaram e em Junho de 1970 a Alfa Romeu decidiu substituir o "1750" por um "2000", assinado por Pininfarin. a que, exteriormente, pouco se diferenciava daquel, mas com os interiores mais cuidados, particularmente os bancos que, no novo modelo, passam a ser de pele.
A traseira foi encurtada em 13 cm., criando a forma de um "fastback", um visual muito moderno para os anos 70. O ângulo do pára-brisas foi reduzido, e os novos pára-choques completavam o design do 2000.
O motor de 4 cilindros de 1.962 c.c. com 131 cv., anteriormente usado na berlina, estava preparado para atingir os 200 Km/h.
A partir de 1972, em alguns mercados, encontrava-se igualmente à disposição dos "alfistas" o "1600 Júnior"

ALFA ROMEO - 33.2 Daytona - 1968 - Itália

Aparecido na grande época do duelo Ford/Ferrari, o Alfa Romeo "33" marca o regressoda firma de Milão à competição de alto nível. Durante 11 anos, os protótipos impressionamtes do "tevo" foram sucessivamente discretos mas prometedores e também invencíveis. Tornaram-se numa aventura tão apaixonante como confusa.
O "33" construído de 1967 a 1973 , apresentou variadas carroçarias e várias motorizações, conforme as provas a disputar. O modelo "33 Daytona" apareceu em 1968 para disputar a prova de Daytona, e apresentava dus motorizações num bloco de 8 cilindros em "V", uma com 2.460 c.c. a debitar 315 cv. e outra com 1.994 c.c. e 255 cavalos, tendo no total sido produzidas 28 unidades, Com o decorrer do tempo, as motorizações chegaram até aos 3 litros.
O modelo "stradale", produzido entre 1967 e 1968, num total de 18 exemplares, adoptava um motor de 2 litros com 220 cv.

ALFA ROMEO 1750 GTV - 1967 - Itália

Lançado em 1967, o Alfa Romeo 1750 GTV, tinha a mesma carroçaria do coupé GT 1600 e do GT Júnior 1300, mas agora com quatro faróis na frente.
Tal como os outros coupés da marca, o 1750 GTV apresentava-se como um 2+2, com um banco traseiro, e com um equipamento básico muito razoável, destacando-se os bancos da frente reguláveis.
Equipava-o um motor DOHC de 4 cilindros com 1779 c.c desenvolvendo 118 cv., o que para a época, era notável, e acelarava de 0 a 100 Km/h. em apenas 9 segundos.
A sua produção em 1972, tendo sido na totalidade produzidas 44.276 unidades.

ALFA ROMEO Giulieta Spider - 1959 - Itália

A série "Giulietta" foi lançada em 1954 com uma berlina, e um ano mais tarde surge o "Spider".
Tratava-se de um admirável descapotável com carroçaria de Pininfarina, utilizando a base da berlina, e que veio a dar origem à nobre linha dos Spiders.
Foi também lançada uma versão "Veloce" que era significativamente mais rápida, mas também mais rara, já que apenas foram construídas 2 796 unidades. Todos os Spider tinham a alavanca da caixa de velocidades no "chão", e o Giulietta foi construído exclusivamente com o volante à esquerda, até 1961.
Em 1962 o motor do Giulietta foi substituído por um motor de 1,6 l., que proporcionava mais potência, a par de uma caixa de 5 velocidades. A produção manteve-se até 1965, num total de 27 427 unidades.
O presente modelo, dispunha de um motor de 4 cilindros com 1.290 c.c. e 85 cv.

AC Cobra - Shelby 427 - 1965 - USA

O "Missil dos sixties". Construído nos Estados Unidos da América sobre um chassis do AC e um motor Ford V/8, o AC Cobra ficaria na história do automóvel como o "supra-sumo" dos carros desportivos míticos dos anps 60. O piloto americano Carll Shelby inspirou-se no modelo do "Ac Ace" que apresentava um "cokpit" aberto e uma carroçaria aerodinâmica para conceber o "Cobra", com um motor Ford V/8 de 1962. O primeiro "Cobra", o CSX2000, foi enviado em Abril de 1962 para o Salão de Nova Iorque.
O "427" foi apresentado no final de 1964, tendo começado a sua produção em 1965.
Dispunha de um motor V/8 de 6 997 c.c. a debitar 485 cv.