26 de agosto de 2011

FIAT - 500 F - 1965 - ITÁLIA

Dante Giacosa, autor do desenho do Fiat 500, defendeu o seu económico peso-pluma dizendo "... por mais pequeno que seja, um automóvel será sempre mais confortável do que uma motoreta ...".
Foram fabricados mais de 4 milhões de Fiat 500 e seus derivados, até ao desaparecimento da carrinha "jardiniera" em 1977. O 500 foi um mini anterior ao Mini inglês, pois o pequeno Fiat não só apareceu dois anos antes do seu equivalente britânico, como era 7,6 cm. mais curto. Com o seu motor de 2 cilindros o primeiro Fiat Nuova era bastante nervoso. Em 1961 amadureceu com o lançamento do "500 F", cujo motor tinha já 499 cc. e 18 cv.
Se nos primeiros modelos a porta abria da frente para trás (portas suicidas ou malcriadas), a partir dos anos 60, as portas passaram a abrir normalmente, ou seja, de trás para a frente.

FIAT - 500 NUOVA - 1960 - ITÁLIA

Quando apareceu em 1957, com o seu pequeno motor posterior de dois cilindros arrefecido a ar, de apenas 479 cc. e uma potência de 15 cv., incapaz de superar os 90/95 Km/h., o "Nuova 500", apesar da sua inegável qualidade, teve um início de vida difícil porque as preferências iam ainda, como primeiro carro, para o modelo "600" lançado pela fábrica pouco tempo antes.
Contudo, começou a ocupar um lugar importante no mercado quando o público o passou a olhar como carro de cidade, conhecendo, então, uma difusão sem precedentes na história da Fiat.
O seu baixo preço, a versatilidade de movimentação em circuitos urbanos e o consumo reduzido, transformaram o "500" no modelo de maior produção da marca -quase 4 milhões de exemplares vendidos-. Sucessor do "500 Topolino", foi produzido entre 1957 e 177.
Foi também lançada uma versão Sport com 22 cv. capaz de atingir uma velocidade de ponta da ordem dos 105 Km/h.

FIAT - 500 GIARDINIERA - 1960 - ITÁLIA

Tendo por base o Fiat 500, em 1960 a Fiat lançou uma carrinha de três portas que foi designada de "Giardiniera"
Para tal, o chassis foi alongado e a carroçaria alteada, para tornar este carro utilizável como um "comercial".
O motor de 2 cilindros tinha 479 cc. de cilindrada com 15 cv. de potência.
Produzido de 1960 até 1977, foram construídas cerca de 327.000 unidades.

CITROËN - AMI 6 - 1963 - FRANÇA

No ano de 1961 a Citroën tinha 2 modelos que se posicionavam nos dois extremos, o "2CV" e o "DS". Havia então a necessidade de preencher uma lacuna na oferta da marca, e é então que surge o "AMI 6". Tendo por base a plataforma do "2CV", o "AMI 6" é muito mais acolhedor e confortável. Este modelo é caracterizado sobretudo pelo óculo traseiro invertido, uma solução encontrada que visava garantir mais espaço para a bagageira sem penalizar o conforto dentro do habitáculo.
Estava equipado com um motor de 2 clindros-Boxer, de 602 cc., a desenvolver 26 cv.
Mais tarde o "AMI 6" recebe uma versão "break", que tem uma aceitação surpreendente.
Em 1969 este modelo é substituído pelo "AMI 8", que é uma natural evolução do "AMI 6" sobretudo ao nível de design, mas que mantém os mesmos princípios ao nível da mecânica. De 1972 a 1976 é ainda produzido o "Ami-Super", uma versão mais musculada, com uma plataforma reforçada que permite a aplicação de um motor mais potente e que permite melhores prestações.

CITROEN - 2 CAVALOS - 1966 - FRANÇA

Foi uma coqueluche nos anos 50, hoje é uma filosofia de vida, um carro carismático que tem inúmeros admiradores em todo o mundo.
O primeiro protótipo deste carro, surgiu em 1936, mas devido à 2ª. Grande Guerra Mundial, o projecto teve de aguardar ainda doze anos para ser apresentado ao público.
Quando o Citroen "2 CV" foi apresentado no Salão de Paris em 1948, o público ficou estupefacto pelo seu aspecto insólito. O carácter ultra-económico do automóvel, as suas múltiplas possibilidades de utilização e o seu motor de 2 cilindros, de concepção muito simples, de imediato conferiram ao "2CV" o estatuto de "estrela" do certame, e no início de 1950, quem encomendasse um, teria de aguardar quase dois anos para o receber.
Ao longo dos anos o "2CV", sofreu diversas beneficiações, sobretudo a nível de motores.
Inicialmente com um motor de 375 cc. e 9 cv., passou para os 425 cc. e finalmente passou a ser apresentado com um motor de 2 cilindros com 602 cc., o que lhe conferia uma potência de 29 cv.
Quando em 1990, o último "patinho feio" saiu da fábrica de Mangualde -a sua produção havia sido transferida para Portugal- mantinha intacto um prestígio consolidado por 3.868.631 exemplares produzidos.

25 de agosto de 2011

PEUGEOT - 403 CABRIOLET - 1964 - FRANÇA

"... confortável, fiável e sério" o cabriolet 403 tinha tudo para seduzir a burguesa clientela da Peugeot, mas é inútil falar de "sport". O "Leão" bem queria despentear a crina, mas não tinha garras para tal. Hoje, neste mundo "autofóbico" e regressivo que vai ganhando terreno, o inacabavél 403 alia ao seu charme fora de moda, uma cotação politicamente correcta..." (in Autro Retro).
Apresentado na primavera de 1955 como uma berlina, com traço da casa Pininfarina, só um ano mais tarde surge o cabriolet: trata-se do carro de série mais caro da produção francesa. Elitista, com as suas cores brilhantes e o seu interior garrido em couro. Daí que o cabriolet não pareça, senão, uma berlina descapsulada, mas apesar de tudo, com muito charme.
O seu motor de 4 cilindros com 1468 cc., disponibilizava 58 cv.
As grandes estrelas de cinema, não são só os grandes carros. Também o 403 se celebrizou no cinema e na TV, pela mão do célebre "Inspector Colombo"

PEUGEOT - 404 CABRIOLET - 1962 - FRANÇA


A ideia de criar diferentes versões do Peugeot 404, é anterior à comercialização das primeiras berlinas. Como o decadente 403 não obteve um sucesso à altura das esperanças nele depositadas, a firma decidiu confiar ao carroçador de Turim, Pininfarina, a tarefa de desenhar o novo cabriolet da Peugeot.
Considerado como um derivado da berlina, o cabriolet 404, não tem com efeito quase nada em comum com aquela, excepto a mecânica e os trens rolantes. Foi contudo a primeira vez que a Peugeot apresentou um cabriolet diferente da sua base original.
Dispunha de um motor de 4 cilindros com 1618 cc. a debitar 80 cv.
Desde o seu lançamento, o 404 dispunha em opção, de um hard-top em chapa de aço com pintura lacada a negro.
Durante a sua produção, de 1962 até 1969, foram fabricadas 10 389 unidades. Um bom sucesso comparado com os poucos exemplares produzidos dos 203 ou 403, apesar do preço de venda em alguns anos, ter atingido o dobro do preço de uma berlina.

RENAULT - DAUPHINE - 1961 - FRANÇA

O Dauphine -o nome resulta do facto de o 4CV.(Joaninha) ter sido considerado "Rei", e o modelo seguinte deveria ser o "Delfim"- foi apresentado em Março de 1956 e foi comercializado até 1968. Era uma pequena berlina de 4 lugares e quatro portas, que acabaria por substituir o "Fregate", um varro de maiores dimensões concebido em Billancourt no pós guerra, mas que não teve grande aceitação.
O Dauphine, pelo contrário, ao herdar a mecânica mais que provada do "4 CV", embora melhorada, viria a marcar todo o período da sua produção. A filosofia deste carro era precisamente propor à clientela do "4CV", um carro mais habitável, mais confortável e mais rápido, conservando as mesmas características técnicas e a garantia de um preço relativamente baixo. Foi o primeiro automóvel francês a ultrapassar a produção de 2 milhões de exemplares -exactamente 2.120.220- .
De série, estava equipado com um motor de 4 cilindros em linha de 845 cc. que disponibilizava 30 cv.
Em pleno período de desenvolvimento, a Renault tentava impor a sua exportação, nomeadamente para os E.U. da América.
O Dauphine teve uma carreira desportiva de sucesso. Em Abril de 1956, obteve uma excelente vitória na sua categoria, nas Mil Milhas. A sua saga desportiva ficou a dever-se por um lado, à participação da fábrica em inúmeros ralis, e por outro lado ao interesse e actividade de particulares que corriam com o "1093" e com os Gordini muito bem preparados.

RENAULT - FREGATE - 1959 - FRANÇA

Com o Frégate, a Renault voltou à produção de carros mais luxuosos. No entanto, este modelo não teve grande expansão na Europa.
O modelo foi apresentado em 1959 e manteve-se em produção até 1960, tendo sido produzidas 177.686 unidades.
Estava equipado com um motor de 4 cilindros com uma capacidade de 2141 cc. , a debitar 60 cv.
Dispunha ainda, como opção, de uma caixa automática.

24 de agosto de 2011

JAGUAR - XJ 220 - 1992 - REINO UNIDO

Os tempos difíceis da indústria automóvel britânica mantiveram em sobressalto a Jaguar até ao acordo estabelecido com a Ford. A estabilidade financeira então assegurada, permitiu o regresso da famosa frase : "The cat is back".
Para assinalar a mudança, a Jaguar revela em 1992 a sua interpretação de um "super desportivo".
Trata-se do "XJ 220", uma edição limitada a 350 unidades.
Um dado revelador do requinte artesanal do modelo : na fábrica de Bloxham, noventa pessoas produziam apenas uma unidade por dia, respeitando a cadência que durou até 1993.
Um motor biturbo de 6 cilindros em "V", com uma cilindrada de 3498 cc. e 542 cv., sublinha o carácter do XJ 220, como "super desportivo" capaz de atingir uma velocidade de ponta, superior a 340 Km/h.
O preço de lançamento deste super desportivo, foi de 110 mil contos.

JAGUAR - TYPE "E" 4.2 - 1964 - REINO UNIDO

A partir de 1964, a Jaguar passou a utilizar no "Type E", o motor 4.3 DHC, que suplantou o anterior 3.8. Este novo motor de 6 cilindros com 4235 cc. e 265 cv. tinha um melhor binário, e foi-lhe acoplada uma nova caixa de velocidades totalmente sincronizada.
Ainda no mesmo ano, era apresentado um outro motor de 12 cilindros em "V", com uma cilindrada de 5343 cc. a debitar 272 cv.
Com a mesma carroçaria desenhada por Malcolm Seyer, o estilista da marca, marcou os carros de desporto da Jaguar.


JAGUAR -TYPE "E" (XKE) - 1961 - REINO UNIDO


Muitos entusiastas gostam de todos os Jaguar "E", mas ao longo dos anos o carro transformou-se, e na parte final da sua vida nos E.U. da América, tiveram de se contentar com os XJE desintoxicados, pois as leis anti-poluição enfraqueceram o felino selvagem.
"E" é apenas uma letra, mas quando se junta a Jaguar pode significar emoção, entusiasmo, energia, excitação, êxtase.
A princípio o Jaguar "E" -ou melhor XKE- foi visto como sucessor do Jaguar "D", mas quando a Jaguar abandonou as corridas, o projecto de um estradista tomou forma.
Não há dúvida que as corridas trouxeram ensinamentos. As elegantes linhas do "E" descendiam dos "Type D", e não há qualquer surpresa no facto de terem sido desenhados pelo técnico de aerodinâmica Malcolm Sayer.
O impacto que as suas formas provocaram em 15 de Março de 1961, no Motor Show de Genebra, faz parte da herança do Jaguar.
Estava disponível em dois modelos, um "coupé" e um "roadster", ambos equipados com um motor de 6 cilindros com 3781 cc. de cilindrada que disponibilizava uma potência de 265 cv., e foram vendidas 72.520 unidades entre 1961 e 1974.

ASTON MARTIN -DB 7 - 1994 - REINO UNIDO

As iniciais "DB", são a abreviatura do nome do seu criador, David Brown.
Embora saído da mesma fábrica que constrói o Jaguar XJ-220, o DB 7 manteve o carisma e o espírito do clássico DB-4. Ao mesmo tempo, a divulgação do famoso DB-7 em 1993, permitiu ao construtor britânico recuperar a imagem de prestígio que muitos julgavam estar irremediavelmente perdida.
Independentemente das eventuais similitudes com o seu antecessor (o DB-6), as linhas primam pela harmonia e elegância . Sem desvirtuar detalhes característicos, logrou-se conseguir uma aparência actual, numa mistura de suavidade e de agressividade. Um notável avanço estético para um Aston Martin.
Rompendo uma tradição da marca, conta com uma estrutura em aço, onde um motor de 6 cilindros com 3239 cc., com dois compressores volumétricos, lhe confere uma potência de 335 cv.
Estão ainda disponíveis outros modelos como o "Vantage" e o "Virage", sendo a sua produção de 144 unidades.

23 de agosto de 2011

ROVER - MARS EXPLORATION - 2003 - REINO UNIDO

No dia 10 de Junho de 2003, o robot geólogo SPIRIT iniciou a sua jornada de 7 meses, até atingir o solo de MARTE, a 460 milhões de quilómetros da terra.
O Spirit é um pequeno robot, construído pela Rover, não maior que um carro de golf, mas com a capacidade de transportar dentro de si, o material necessário para tentar dar resposta a muitas perguntas da Comunidade Científica, no que respeita à existência ou não de vida passada em Marte.
Possui 6 rodas, cada uma com um micro motor individual. As rodas dianteiras e traseiras, possuem igualmente motores de comando, que permitem à máquina rodar e curvar.
Tem uma velocidade máxima, em solo plano, de 5 centímetros por segundo.
O Spirit, tem um "irmão gémeo" o Opportunity, que foi lançado em Junho do mesmo ano e direccionado para aterrar no lado oposto do Planeta Vermelho.

PIAGGIO - APE CALESSINO - 2009 - ITÁLIA


Piaggio baseado em Pontedera , Itália engloba sete marcas de scooters, motos e veículos comerciais compactos. Como o quarto maior produtor de scooters e motocicletas no mundo, a Piaggio produz mais de 600.000 veículos por ano, com cinco centros de pesquisa e desenvolvimento, mais de 6.700 funcionários e operações em mais de 50 países.


O "APE CALESSINO", é um triciclo da Piaggio lançado em 2009, numa série limitada de 999 unidades.

Dessas 100 estão equipadas com um motor eléctrico Archimed AE/m9.
As restantes 899 unidades estão equipadas com um motor Diesel de 1 cilindro a 4 tempos com 422 cc. e uma potência de 12 cv.


PIAGGIO - APE-DELIVERY VAN - 2006 - ITÁLIA

A PIAGGIO, dedica-se ao fabrico de Scooters, Tricíclos , pequenas Van e mais recentemente também Van's de quatro rodas e Scooters de 3 rodas.
Dispõe de VAN's para todos os fins, podendo ser adaptadas para qualquer utilização.
O modelo mais barato, é o Ape-Delivery, que dispõem de um motor monocilíndrico de 49,8 cc.

Piaggio baseado em Pontedera , Itália engloba sete marcas de scooters, motos e veículos comerciais compactos. Como o quarto maior produtor de scooters e motocicletas no mundo, a Piaggio produz mais de 600.000 veículos por ano, com cinco centros de pesquisa e desenvolvimento, mais de 6.700 funcionários e operações em mais de 50 países.

TRIUMPH - GT6 Mark III - 1970 - REINO UNIDO


Tanto o Triumph Spitfire como o GT 6, eram projectos bem concebidos e levados a cabo para combaterem a concorrência, como o MG Midget, o Austin Healey e o Sprit, ou o Alfa Romeo 1750 GTV e o BMW 1600 GT.
Aparecido em Outubro de 1970 no Salão Automóvel de Turim, a obra original de Micheloti não podia ser mais atraente, embora apresentasse um grave inconveniente : o peso adicional causado pelo tejadilho do fastback que se repercutia negativamente sobre a aceleração. à primeira vista isto não fazia pressagiar nada de bom em relação às vendas de um GT de primeira classe. Em compensação, a velocidade de ponta era aumentada graças à excelente aerodinâmica da nova carroçaria. O GT 6 tornou-se, no entanto, uma agradável surpresa para a imprensa especializada, que via nele a reencarnação do Jaguar E a um preço razoável, característica que o tornava acessível a um público muito mais amplo.
Estava equipado com um motor de 6 cilindros com 1998 cc. a debitar 104 cv.
Entretanto a Triumph acabou por passar a fazer parte da British Leyland, que integrava no seu grupo empresarial um dos principais rivais, o MG GT, pelo que as vendas começaram a cair a pique, e em fins de Dezembro de 1973, o GT 6 é retirado das linhas de produção.

TRABANT - 601 - 1989 - R.D.A.

É nas angústias do pós 2ª Grande Guerra Mundial, que vamos encontrar as origens do TRABANT -nome das fábricas alemãs que ficaram afectas ao bloco de leste R.D.A.- sob uma única gestão, como é o caso do complexo industrial de VEB A ZWICKAU, que tinham pertencido à Audi e à DKW.
Reservada à produção automóvel, a fábrica começa com a marca "IFA" até 1955, passando em 1958 à marca "AWZ", e finalmente em 1959, passa então para TRABANT.
O primeiro veículo produzido nesta marca, era um pequeno carro do tipo "rondó", com um motor monocilíndrico a 2 tempos, com 500 cc. e 18 cv. -o P50- que aliava o arcaico ao moderno, já que apresentava uma carroçaria em "Duroplast", um material sintético. Foi considerado que seria mais um "carro do povo", porém, o seu elevado preço, não interessava ao "proletariado".
Em 1963, surge o "600", equipado com um motor de 2 cilindros, com 594 cc. e 18 cv. e em 1964 é lançado o "601", com uma carroçaria inspirada noaspecto cuneiforme do DAF, mantendo no entanto o mesmo motor, que em 1969 é puxado para o 26 cv.
Paralelamente é apresentado um "break", que apesar das suas duas portas, é considerado o "carro famíliar". Com 2.860.200 unidades produzidas, termina a sua existência em 1991, sendo absorvida pela Volkswagen.


22 de agosto de 2011

CHEVROLET - CORVETTE STING RAY - 1969 - U.S.A.

De entre os modelos das fábricas da General Motors, foi o "Corvete" o que gozou de maior prestigio. Este modelo ficou famoso no decurso dos anos 50/60, por ser um automóvel sport, de grande série, com carroçaria em fibra de vidro.
Nos anos 60, mantendo a carroçaria em fibra de vidro, esta passou a ter um desenho mais alongado e mais largo, obtendo assim maior estabilidade e ficando conhecida como "Coke Bootle".
Era apresentado em duas versões, Convertível e Coupé, e mais tarde uma versão "T-Top Targa", com os painéis do tejadilho removíveis.
O motor de 8 cilindros em "V", apresentava variantes de 5359, 5735, 6997 e 7440 cc., com potências que variavam dos 180 cv às 4.000 r.p.m. até aos 465 cv. às 5.200 r.p.m., com uma velocidade máxima 250 Km/h.
A produção deste modelo durou de 1966 a 1982, com um total de 566.683 unidades vendidas.

CHEVROLET - CORVETTE - 1957 - U.S.A.

Como a versão inicial do Corvette com 150 cv. decepcionou os mais desportistas, Zora Arkus-Duntov interveio para que em 1955 se lhe juntasse o V/8 Small Block de 195 cv., que iniciou a autentica lenda deste modelo. Mais tarde, em 1957, apareceu um Corvette com nova carroçaria, e esse V/8 de 4.340 cc. potenciado até aos 283 cv. que se apresentava com 4 carburadores, ou com injecção mecânica. Este desportivo pretendia ser também um carro prático.
O seu interior era pequeno para um carro do seu tamanho. O "quadro de bordo" permaneceu inalterado. A carroçaria continuava a ser em fibra de vidro. A capota accionava-se electricamente e, de série, tinha também um "Hard-top". A caixa automática de 4 velocidades era de relações muito curtas o que favorecia as suas fulgurantes acelerações e a sua elevada velocidade máxima com recuperações muito elogiadas. Chegava facilmente aos 211 km/h e de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos.
Como carro "sport" foi o modelo mais procurado nos finais dos anos 50, o que lhe granjeou um tão grande prestigio, que decorridos 40 anos, continuava a ser fabricado.
Na mesma época foi apresentada uma versão mais económica equipada com um motor de 6 cilindros em "V" km/h, com apenas 145 cv.

BMW - 2002 Tii - 1972 - ALEMANHA

No início dos anos "60", a falência pairava sobre a BMW, mas de imediato a BMW renasce com o lançamento em 1962 do "1.500", uma berlina compacta e performante, mas ainda com pouca potência. Entretanto a cilindrada foi aumentada para 1.600 cc., e este foi o carro da BMW mais vendido nos Estados Unidos da América.
Mas em 1968, a BMW introduz um motor de 2 litros, no novo BMW 2002, que era visto como uma oportunidade para lançar um carro de estrada de elevadas prestações, que, segundo a tradição da marca -um motor potente num carro pequeno- fosse competitivo até mesmo nos ralis internacionais.
A versão mais potente, foi o 2002 Tii, equipado com um motor de 4 cilindros de 1990 cc., com turbo-compressor, que lhe proporcionava uma potência de 130 cv., e nas versões para ralis, a potência era elevada para os 170 cv.

BMW - 700 LS Luxus Coupé - 1962 - ALEMANHA

Foi o maior e o mais convencional micro-carro construído pela BMW na forma de um "Sallon" a partir de Setembro de 1959. Era consideravelmente mais feio que o 700 Coupé, mas pelo menos obteve mais espaço em altura na traseira.
O motor esta montado na traseira, mas agora com um eixo traseiro mais no extremo e à frente um eixoindependente com amortecedores hidráulicos e molas helicoidais "Dubonnet".
O motor de 2 cilindros com 697 cc. e 40 cv. significa performances mais ousadas para um carro que era muito económico.
O modelo de 1962, dispunha já de uma caixa de 4 velocidades, com a alavanca no chão, e um chassis mais longo 5,5 polegadas e tinha um luxo bastante equilibrado. A chave de ignição, colocada junta à alavanca de mudanças,, trancava esta como um sistema anti-roubo.
O sucesso obtido com o "700", trouxe à BMW o equilíbrio financeiro, e este carro era mais interessante do que o VW Beetle.
Era disponibilizado em três modelos: Coupé, Sallon e Cabriolet. Deste modelo, foram produzidas 174.253 unidades.


12 de agosto de 2011

VOLVO - P 1800 ES - 1971 - SUÉCIA

Em 1971 a Volvo revelou o 1800 ES. Usava o mesmo conceito do Scimitar GTE da Reliant, mas com uma nova forma de estar, embora apenas por mais dois anos.
Até ao lançamento da conversão dos "Radford travões rápidos" do Aston Martin DB 5 em 1964, as carrinhas eram vistas como práticos caixotes sobre rodas, desenhados para transportar pessoas ou bens. Combinar tal utilitarismo com carros desportivos parecia absurdo, mas na realidade o conceito popularizou-se.
Quando foram postos à venda, custavam £ 2 650,00 (US$ 4 000,00), preço pelo qual poderiam ser adquiridas carrinhas desportivas da Reliant ou da BMW. Com travões de disco às 4 rodas e overdrive standard, não poderia existir reclamações dos concorrentes. O motor era um 4 cilindros em linha com 1986 cc. e 124 cv.. No entanto , a dinâmica do 1800 ES estava bastante atrás da dos seus rivais.
O 1800 ES saiu de produção em 1973 quando a legislação americana de segurança definiu que todos os modelos a partir de 1974 deveriam ser remontados com para-choques de impacto de 8 km/h.. Isto traria demasiados custos. Assim, o maior mercado dos 1800, foi também aquele que o liquidou
.

VOLVO - P 1800 S - 1969 - SUÉCIA

O P 1800, foi apresentado em Janeiro de 1960 no Salão de Bruxelas. O seu desenho, obra de Pelle Petterson e carroçado pela Frua, fugia da rotina e nada tinha de ortodoxo. Era um 2+2 com linhas arredondadas, frente longa e baixa e uma traseira distinta, com subtis alhetas no guarda-lamas. Um detalhe interessante, era o friso lateral cromado que saía do meio da linha do guarda-lamas frontal e terminava depois da porta. A grelha frontal, oblonga, tinha uns frisos rectangulares e aos lados dois grandes faróis redondos.
O interior era muito bem cuidado e acabado. O volante de três raios -o último utilizado pela marca- tinha boa empunhadura e um tamanho correcto. O painel, acolchoado, era muito completo, e os bancos do tipo desportivo eram muito confortáveis.
A caixa de 4 velocidades, dispunha de uma overdrive, recurso bastante apreciado na Suécia e uma característica da Volvo na época. O motor de 4 cilindros com 1782 cc. disponibilizava 108 cv.
O primeiro P 1800, ficou mundialmente famoso, graças ao sucesso da série televisiva "O Santo", com Roger Moore.
O modelo foi produzido até 1971 num total de 39 407 unidades, e na sua carreira quase não sofreu alterações, sendo a mais significativa, o aumento da potência inicial de 80 cv., para os 108 cv.


RENAULT - ALPINE A 310 - 1974 - FRANÇA

Ainda o Alpine A 110 fazia furor em estradas e circuitos, Jean Rèdèlé apresentava no Salão de Genebra de 1971 o "Alpine A 310", um coupé inédito de linhas futuristas que viria a ser comercializado em duas versões: de 4 cilindros em linha de 1,6 litros e de 6 cilindros em "V" com 2,7 litros.
O "A 310" é facilmente reconhecido pelo característico grupo de ópticas da frente.
O "A 310", usava o motor derivado derivado do R-12 Gordini, de 125 cv. e não teve problemas de espaço, o mesmo não acontecendo com o Motor V/6, que obrigou à modificação da estrutura traseira, para se poder alojar esse novo motor.
Tratava-se de um motor de 6 cilindros em "V" com 2664 cc. e 150 cv.
Sendo "desportivos familiares" os coupés 2+2, revelaram-se bastante fiáveis e ainda hoje são muito procurados por coleccionadores.

RENAULT ALPINE - A110 1600 S - 1971 - FRANÇA

Em 1962, era apresentado no Salão de Paris, o "Alpine A 110", criado por Jean Rèdèlé, equipado com o motor de 956 cc., do Renault R-8. A partir daí, foram sucessivamente utilizados outros motores da Renault, até que em 1970, passou a utilizar o motor de 1,6 litros do R-16 TS, que devidamente trabalhado conseguia uma potência de 100 cv.
Em 1971, com o mesmo motor de 4 cilindros com 1565 cc. agora mais trabalhado, com a potência puxada para os 138 cv., atirando-o para uma velocidade da ordem dos 215 Km/h., o
Alpine vence os Ralis Internacionais de Monte Carlo, San Remo e Acrópole, tendo sido produzidas então, 300 unidades desta versão.
Essas vitórias contribuíram para melhorar as performances do
Alpine, e em 1973, é adoptado o motor de 1605 cc. do Renault R-12 Gordini, agora puxado para os 140 cv., sagrando-se vencedor dos Ralis de Monte Carlo, Portugal , Marrocos, San Remo, Acrópole e Volta à Corsega. Neste mesmo ano torna-se vencedor do Campeonato Mundial de Ralis e ganha a Taça do Mundo de Construtores.
Deste modelo, produzido até Julho de 1977, foram construídas 1 550 unidades. Vários países, em todo o mundo, se dedicaram a criar réplicas deste carro, dadas as características que evidenciou e a sua capacidade para vencedor de ralis.

11 de agosto de 2011

FORD - TAUNUS 17 MP3 - 1962 - ALEMANHA

O "17 M", reconhecível pelas suas linhas notoriamente de inspiração americana e a sua linha de cintura alongada, foi lançado em 1957. E, facto surpreendente, em 1960, por ocasião do aniversário da firma de Colónia, o modelo seguinte apareceu com uma forma completamente diferente. O "17 M" da segunda geração -o P3"-, foi lançado pela Ford com o slogan de "Linha da Sapiência". As suas linhas eram ainda fluídas. A parte da frente apresentava um pára-choques que continuava até aos "piscas", 0 pára-brisas era convexo e a diferença em relação ao "17 M" anterior -o "P2"- eram os guarda-lamas traseiros, que foram arredondados.
As suas linhas, nitidamente arredondadas, totalmente diferentes do modelo precedente e que lhe valeram o epíteto de "banheira", asseguravam no entanto uma resistência ao ar marcadamente baixa, de 0,4 cw.
Além das suas linhas, o "P 3" tinha a vantagem do seu pouco peso. Para isso, a Ford utilizou peças antigas de qualidade já provada, remodelando-as totalmente. Tinha poucos cromados, mas a suspensão, a visibilidade e o prazer de condução eram nitidamente superiores.
O "P 3" estava disponível com duas ou quatro portas e como "carrinha".
Inicialmente equipado com um motor de 4 cilindros de 1698 cc. desenvolvendo 60 v., o que lhe permitia uma velocidade máxima da ordem dos 140 Km/h., veio mais tarde a ser equipado com um novo motor de 1758 cc. a desenvolver 75 cv.
No total, foram produzidas entre 1960 e 1964, 669.731 unidades.

FORD - TAUNUS 12 M - 1960 - ALEMANHA

STREIFEN TAUNUS - Em 1952 a Ford Alemã apresentou o novo Taunus, designado "G 13". Nos anos seguintes, este sucessor do "Taunus Corcunda", com a nova carroçaria auto-portante do tipo "ponton", foi progressivamente desenvolvido. Quando nos finais dos anos 50 o número de vendas baixou notavelmente, a Ford decidiu fazer uma modificação, a mais aprofundada na história desta série de modelos. Em 1960, o carro com motor de 1,2 litros recebeu melhoramentos técnicos, uma melhor suspensão e diferenciava-se claramente dos modelos anteriores, devido a uma nova frente.
Este novo Taunus denominado 12 M , com um capot mais apelativo, apresenta uma longa grelha cromada com os farolins e piscas incorporados. O tecto era mais plano e no interior três manómetros dominavam o tablier. Nos lados, as bandas cromadas bem delineadas justificavam o deu nome. Foi necessário usar o motor de 4 cilindros, com 1172 cc. e 38 cv. (tecnicamente antiquado) se bem que a taxa de compressão tivesse sido aumentada. A velocidade ficava contudo, cerca dos 110 Km/h.
Pequeno "cruzador" de rua, o "Taunus das faixas" ou o "Taunus barrigudo", foram os nomes populares atribuídos ao notável 12 M. A Ford vinha de uma época em que a posse de um carro era reservada a uma clientela escolhida e ao gosto do cliente. O carro foi aprovado, a técnica fiável e os custos de manutenção bem controlados. O "Taunus das Faixas" foi produzido até Agosto de 1962.